Os triunfos dos queijos “Os Lacticínios Paiva”
Por Giuseppe Gillardino
Quando abordamos um produto alimentar ancestral como o QUEIJO somos obrigados, antes de tudo, premiar o leite, na sua história realçar a criação de gado.
Como toda a gente sabe, esta foi a matéria-prima “o LEITE” que permitiu produzir ou que foi denominado como Queijo.
Não temos provas tangíveis de como o Queijo nasceu, há várias suposições, como o fruto do acaso, relacionando-o com as primeiras tentativas de transporte realizadas em sacos de couro, possivelmente de bezerro, onde o leite era guardado e transportado.
Talvez foi desta forma que a suposta coagulação enzimática do LEITE originada pelas evidentes enzimas que os couros possuem, provocou o fenómeno da coagulação.
Outras hipóteses poderiam ter sido provocadas pelas sobras do leite que podiam originar no curso das diferentes manipulações, provocando o mesmo fenómeno.
Sem dúvida, existe uma absoluta verdade histórica, nada que possa ser comprovativo destas versões. Uma coisa é certa foi muito cedo que o seres humanos observaram com atenção os citados fenómenos do leite.
Conferindo uma tal importância a este produto de excepção que foi servindo para muitas populações como moeda de câmbio comercial.
Encontramos contos muito interessantes da parte dos grandes personagens da Historia, Aristóteles, Homero, Columela, Plínio ou Catão, nas suas receitas gastronómicas e que contam dados históricos, valorizando os queijos dos Gauleses ou dos Helvéticos. Nos países Mediterrânicos os queijos dominavam as delícias dos repastos.
As mesas gastronómicas dos grandes do mundo antigo, quer seja nos banquetes oficiais, como na vida corrente não dispensavam os queijos, rivalizando entres eles. Apresentar aos convidados os melhores e os mais variados queijos, era sinónimo de cultura e de poder.
Em Portugal temos bons e variados Queijos, apesar destes ainda não terem ganho fama internacional que possuem os Queijos franceses, italianos ou suíços.
Sem dúvida, mais uma vez, no meu entender neste tipo de alimento falta uma organização de marketing promocional adaptada.
Denota-se uma ausência dos Queijos nos restaurantes, uma grande falha na mesa portuguesa, os estrangeiros estão habituados a consumir Queijos no fim de um repasto.
Pessoalmente não conheço uma loja com um Mestre em queijos onde pudesse refundir o saber ao público interessado.
Nesta linha dos Queijos Paiva encontramos produtos de excelente qualidade, dando como exemplo o queijo amanteigado único em Portugal, são os queijinhos frescos realçando-se pelos seus condicionamentos de embalagem.
Temos que fazer uma vénia perante o sucesso desta empresa. Fundada em 1933, estes 62 anos na história empresarial permitiram criar uma linha de produção que julgo oferecer uma nota de semi-artesanal.
Alías, já foi mencionado com um claro elogio pela DECO na Revista para a Defesa do Consumidor.
OS LACTICÍNIOS PAIVA comercialmente cobrem a quase totalidade do mercado nacional com cerca de 2 milhões 124 mil kg de queijo distribuído em 22 referências.
Proporcionando sabores dentro de três tipologias de leite VACA, OVELHA e CABRA.
Esta unidade coloca-se pela sua dimensão no quarto lugar a nível nacional, acompanhando as grandes multinacionais presentes no Mercado Português.
Em perpétua evolução e procurando soluções modernas nas complexidades do meio ambiente não foi sempre fácil. Com persistência continua-se na melhoria das instalações e a administração admite ter projectos mais ambiciosos dentro da modernização.
Uma das mais importantes exigências para garantir a qualidade, realça-se nos aspectos da higiene. O volume de produtividade e da qualidade só se pode atingir com instalações suficientemente modernas.
Unir em simbiose os paladares à modernidade, respeitando a autenticidade dos produtos nestes domínios o próprio rigor legislativo implica muitas vezes desafios e estudos muitos árduos, como um laboratório de análise que será instalado na própria empresa.
Como já disse em muitos dos meus artigos, quando vamos às compras tentamos comprar Português e produtos regionais, esta postura podemos também nomeá-la como cidadania.
In Lamego Hoje 01-12-2005